quarta-feira, 28 de maio de 2014

Círculo Turmalina Rosa - escrito por Luciana Vaiano

Círculo Turmalina Rosa - escrito por Luciana Vaiano

Pra mim este circulo foi diferente, pelo fato de fazer uma coisa que desde a época do colégio me assustava e assusta ainda: "ESCREVER" .
A sensação que tive com o fato de escrever é que a atenção fica mais aguçada e a percepção também. Comecei a prestar atenção em todas, antes mesmo de iniciar.


Todas foram chegando, e eu lá embaixo ainda na Boutique Cigana... e então uma nova percepção, mais aguçada de todas as outras inúmeras vezes que nos encontramos... a alegria, o prazer, os abraços , os beijos, a sintonia que sempre esteve presente neste espaço. Fiquei pensando no carinho e dedicação que a Telma e a Gill preparavam o altar lá em cima...

Todas nós subimos, sentamos (eu, Telma, Gill, Edi, Valquiria, Elen, Marcia)...e vem a primeira frase: "Este é o primeiro círculo sem a Cris!" (a Saphyra)
E na sequencia: "Ela quer nos tornar independentes"

Um pequeno silêncio, e claro, um vazio, um espaço vago... e acredito que todas, cada uma com seu pensamento: "Como será sem ela que está sempre presente? E agora???"

Então a Telma iniciou o Circulo com a carta que a Saphyra deixou com algumas recomendações em relação a proposta do Círculo e então escutamos: "Ela está aqui com a gente"

Na sequencia, Gill nos passou o desafio, o tema que ela trouxe abordou a saúde da mulher dentro da Dança.
O Altar feito por ela e pela Telma tinha flores vivas, como nós, que mesmo com todas as dificuldades estamos sempre firmes e fortes.

A primeira experiência é colocada: "a dança surgiu em um momento difícil e veio como um elixir. A relação que tenho é como um namoro, se não estou bem paro de dançar, me ausento, mas quando volto é quando me sinto curada" (Gill)
E assim é lançada a primeira questão ao grupo: É possível a Dança trabalhar esse lado da saúde, nossos distúrbios?

Sim, inciam-se as respostas: "eu me curei de um câncer!", "eu danço mais ainda quando não estou bem", eu entrei na dança como terapia, estava num processo depressivo", "minha cura está na dança", "entrei para a dança quando resolvi cuidar de mim, quando resolvi me tirar do buraco, do fundo do poço"

Algumas técnicas são citadas, técnicas que vem para nos auxiliar na cura, técnicas hoje encaradas como sérias e reconhecidas pela ciência que como a Telma introduziu este assunto "nossos hábitos judiam do nosso corpo" e esquecemos de regiões como o baixo ventre, o centro de nosso corpo.
E eu (Luciana) complemento falando sobre o giro tântrico, que foi sugerido que se fizesse uma prática no final do Círculo de hoje.

E surge a nova questão: "O que tem de bom ou de ruim em ser mulher?"
Edi toma passe do bastão: "O maior poder que existe é o da Gratidão. Por exemplo, menstruar...não reclame, veja a renovação. Nós somos mais fortes, os homens mais frágeis"

E Telma complementa com o texto de Augusto Cury: "A biografia masculina tem uma dívida impagável com as mulheres. Os homens sempre foram o sexo frágil, pois só os frágeis usam força. As mulheres sempre usaram mais as idéias e a sensibilidade. Por isso esse misterioso Deus chamou uma mulher para cumprir uma missão que milhares de homens não conseguiram" (Maria, a maior educadora da história - Augusto Cury)

E na sequencia realizamos alguns exercícios práticos, um que Gill nos passou com a pélvis para irrigação de todo assoalho pélvico, lubrificação da vagina, libido... E depois, eu passei o giro tântrico para ativação, harmonização e energização da Kundalini

Após a prática Valquíria encerra: "Devemos começar um movimento de valorização feminina, pois lá fora a referência está perdida. E a mulher não toma essa consciência. Temos que nos unir, nos valorizar!"

Sobre o altar:

As flores tem nome de Flor Viva, Sempre Viva, ela nunca morre, foram trazidas pela Gill do Vale do Matutu (MG) que significa Lugar sagrado, e as pedras, quartzos rosas, de São Tomé da Letras.
Sobre as flores, Élen observa: " Essa flor, Sempre Viva, é bela de frente e de costas, como a beleza da mulher"

Escrito por Luciana Vaiano
Data do Círculo: 18/05/2014

Um comentário:

  1. Conforme descrito pela Luciana, este foi mesmo o primeiro Círculo sem a minha presença, mas isso só foi possível porque percebi que Ele já se fortaleceu o suficiente para caminhar sozinho. Desde o início de sua criação, sempre deixei claro que Ele não me pertence, Ele é nosso... E com o tempo todas foram tomando consciência do que é estar neste Círculo, e como ele acontece, qual o motivo de nos encontrarmos e o nosso papel Nele. Claro, que como idealizadora deste projeto, que acontece dentro de um espaço que eu tomo conta e que todas as participantes praticam dança comigo, acabo sendo a principal focalizadora, mas sempre senti que não focalizo sozinha. Colocamos algumas "regras" para estabelecer uma ordem, direcionei o Círculo para um desejo comum e o deixei evoluir junto com as propostas que trabalho nas aulas e com as minhas crenças em relação a dança. Fiquei muito feliz em saber que o Círculo pode acontecer sem a minha presença, mais uma certeza de que ele é nosso, ele pertence a este espaço e as pessoas que aqui frequentam.
    Claro que senti muito não estar presente, senti o vazio que muitas de vocês já disseram sentir quando não podem comparecer a algum Círculo. Mas acredito sim, que eu estava com vocês e quando deu 10:30 h eu estava na estrada, indo para Ribeirão Preto, fechei os meus olhos e me transportei para cá, visualizei o Círculo, o centro e tive certeza de que ele seria muito harmônico.
    Já que não estava tão presente a ponto de tomar posse do bastão e dar meu parecer, cometo aqui o que a Valquíria comentou ao final sobre começar um movimento de valorização feminina, sobre nos unir e valoriza... Nós já estamos fazendo isso, os diversos círculos de mulheres que acontecem em diversas partes do mundo já é este movimento, e nós fazemos parte deste movimento. Quando acordamos pela manhã em um domingo como este para nos encontrarmos neste propósito já estamos nos unindo e nos valorizando, estamos fazendo a nossa parte para nós e para a humanidade que tanto precisa de amor, união, paz e harmonia.
    Até o próximo Círculo.
    Beijos
    Saphyra

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