terça-feira, 25 de novembro de 2014

Círculo Hematita por Gill Ahrins

Círculo Hematita - por Gill Ahrins (adaptado por Saphyra)


O Circulo Hematita foi realizados no dia 05-10-14 com a presença de Saphyra, Gill, Luciana, Marcia, Bete, Élen e pela primeira vez a Silvana.


Foi, como sempre,  um dia muito especial. O altar, composto pelos véus , flores, pedras , oráculos e  no centro a imagem de São Francisco de Assis.



Os objetos do altar:
Veus : O processo de fluir - o movimento
Flores: Ornamenta  cada momento feliz e representa aqui a entrada da Primavera
Oráculos: Representa o jardim interior de cada uma
Pedra hematita: Poder de transformar e curar - Vida, alegria e movimento
São  Franciso de Assis: Conhecido como o protetor dos animais , aos 25 anos, Francisco aceita a decisão do pai e renuncia definitivamente os bens paternos. Entrou de vez para a vida religiosa, fundando a Ordem dos Frades Menores e a Ordem Terceira.





O circulo trouxe para o encontro o despertar da consciência de cada uma dentro da dança como proposta o trabalho inspirado nos animais, protegidos por São Francisco de Assis.
A proposta foi vivenciar as qualidades de movimentos que cada animal proposto traz observando que pode transformar a sua dança através de cada movimento.

Cada uma que realizou essa vivencia pode explorar de dentro para fora a identificação com cada animal da  sua preferência, refletindo o porquê da identificação com determinados animais neste momento.

No momento  da entrega, todas que estavam envolvidas pela a emoção da dança percebem que ainda somos todas aprendiz da Dança.

Na proposta seguinte trabalhamos um animal em diferentes situações: preso, nervoso, tranquilo, alegre, livre. Esta atividade trouxe a reflexão que a Dança traz essa diversidade de movimentos, emoções, e sentimentos acorrentados, que através da dança poderemos nos  libertar e expandir a leveza do ser Divino que habita dentro de cada uma de nós.
                    






Frase de São Francisco

‘’Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.’’




DANÇA

Ser Bailarina é rezar para Deus dançando  e   no momento supremo da entrega  fazer parte de todo o universo.



Círculo Hematita - Realizado em 05/10/2014
Registro escrito por Gill Ahrins
Texto adaptado por Saphyra

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Círculo Vassoura de Bruxa por Saphyra

Círculo Vassoura de Bruxa - por Saphyra

Uma publicação tardia, mas nunca falha... Este Círculo aconteceu em junho e veio seguido de muitas atividades, logo na semana seguinte tivemos o Encontro Precioso, nosso Festival de Danças Étnicas, dois dias após o Festival eu viajei com a pendência de alimentar nosso blog, de compartilhar o relato deste Círculo, mas durante a viagem não consegui tirar este tempo, pois não é só copiar um texto, mas parar para escrever é reviver todo o Círculo e nas minhas andanças não consegui me abrir para isso. Voltei! E novamente fui atropelada com muitas atividades e acredito só agora eu realmente cheguei e consegui me aterrar para concentrar, já se passaram quase 2 meses e já estamos nos preparando para o próximo. Mas este tempo, ainda que atrasado, para esta postagem também está sendo positivo, pois para trabalhar nesta publicação estou voltando e revivendo nosso último Círculo junto às minhas anotações.



E, novamente, estávamos em 9 (eu, Edi, Lunnah, Valquiria, Thais, Kathia Silva, Luciana, Krystal e Marcia), a Thais e a Kathia estão pela primeira vez conosco portanto recebem as nossas ametistas e a Krystal recebe uma nova ametista, pois sua antiga ametista teve outro destino.

O altar, foi feito pela Edi, que trouxe a pedra do Círculo "Vassoura de Bruxa", eu realmente não conhecia esta pedra, mas lá estavam elas, em nosso altar, para fazer a limpeza energética. Associada a Cianita Azul, do arcanjo Miguel, aquele venceu o dragão.
No altar, o dourado representando o Sol. As penas representando o filtro dos sonhos. A água, o elemento purificador. A tríplice! E, claro, os anjos que nos observam.

Filtro dos Sonhos...Os sonhos... Como andam os seus sonhos?
E, assim, começamos...
Desejos, vontades, fé! é preciso ter fé, confiança.
Fé é certeza, é coragem e não medo!
Fé é motivação!
A fé te move. É o se esforçar.
Fé é o que move a realização dos seus sonhos.
Coloque energia nos seus sonhos!



A vassoura de bruxa vem para varrer as coisas ruins, as coisas que impedem que nossos sonhos aconteçam!




O que te move?
Refletindo sobre o esforço que nos faz estar aqui em pleno domingo de frio pela manhã mais uma vez.
"Estamos aqui porque queremos estar aqui". E assim, faremos com nossos sonhos.

Sim, este foi mais Círculo de entrega às lágrimas.
Quantas vozes precisavam ser ouvidas! Quantas lágrimas esperaram este Círculo para desabar!
Este Círculo, que ampara, recebe as lágrimas e os momentos de fraqueza, é o mesmo que nos fortalece.

Fé, tão falada neste Círculo, trouxe tantas questões, tantas formas de se manifestar:
São Francisco de Assim, que foi tão recorrente neste Círculo, o que tem a nos dizer?

"Orar através da palavra tem um poder.
Tocar sua oração tem um duplo poder.
Dançar triplica o poder do querer".

E, novamente, a frase: "Dança é cura!"
Dance, acredite! Faça de sua dança uma oração, transforme!

Círculo realizado em 20/07/2014
Escrito em 24/09/2014 por Saphyra

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Círculo Turmalina Rosa - escrito por Luciana Vaiano

Círculo Turmalina Rosa - escrito por Luciana Vaiano

Pra mim este circulo foi diferente, pelo fato de fazer uma coisa que desde a época do colégio me assustava e assusta ainda: "ESCREVER" .
A sensação que tive com o fato de escrever é que a atenção fica mais aguçada e a percepção também. Comecei a prestar atenção em todas, antes mesmo de iniciar.


Todas foram chegando, e eu lá embaixo ainda na Boutique Cigana... e então uma nova percepção, mais aguçada de todas as outras inúmeras vezes que nos encontramos... a alegria, o prazer, os abraços , os beijos, a sintonia que sempre esteve presente neste espaço. Fiquei pensando no carinho e dedicação que a Telma e a Gill preparavam o altar lá em cima...

Todas nós subimos, sentamos (eu, Telma, Gill, Edi, Valquiria, Elen, Marcia)...e vem a primeira frase: "Este é o primeiro círculo sem a Cris!" (a Saphyra)
E na sequencia: "Ela quer nos tornar independentes"

Um pequeno silêncio, e claro, um vazio, um espaço vago... e acredito que todas, cada uma com seu pensamento: "Como será sem ela que está sempre presente? E agora???"

Então a Telma iniciou o Circulo com a carta que a Saphyra deixou com algumas recomendações em relação a proposta do Círculo e então escutamos: "Ela está aqui com a gente"

Na sequencia, Gill nos passou o desafio, o tema que ela trouxe abordou a saúde da mulher dentro da Dança.
O Altar feito por ela e pela Telma tinha flores vivas, como nós, que mesmo com todas as dificuldades estamos sempre firmes e fortes.

A primeira experiência é colocada: "a dança surgiu em um momento difícil e veio como um elixir. A relação que tenho é como um namoro, se não estou bem paro de dançar, me ausento, mas quando volto é quando me sinto curada" (Gill)
E assim é lançada a primeira questão ao grupo: É possível a Dança trabalhar esse lado da saúde, nossos distúrbios?

Sim, inciam-se as respostas: "eu me curei de um câncer!", "eu danço mais ainda quando não estou bem", eu entrei na dança como terapia, estava num processo depressivo", "minha cura está na dança", "entrei para a dança quando resolvi cuidar de mim, quando resolvi me tirar do buraco, do fundo do poço"

Algumas técnicas são citadas, técnicas que vem para nos auxiliar na cura, técnicas hoje encaradas como sérias e reconhecidas pela ciência que como a Telma introduziu este assunto "nossos hábitos judiam do nosso corpo" e esquecemos de regiões como o baixo ventre, o centro de nosso corpo.
E eu (Luciana) complemento falando sobre o giro tântrico, que foi sugerido que se fizesse uma prática no final do Círculo de hoje.

E surge a nova questão: "O que tem de bom ou de ruim em ser mulher?"
Edi toma passe do bastão: "O maior poder que existe é o da Gratidão. Por exemplo, menstruar...não reclame, veja a renovação. Nós somos mais fortes, os homens mais frágeis"

E Telma complementa com o texto de Augusto Cury: "A biografia masculina tem uma dívida impagável com as mulheres. Os homens sempre foram o sexo frágil, pois só os frágeis usam força. As mulheres sempre usaram mais as idéias e a sensibilidade. Por isso esse misterioso Deus chamou uma mulher para cumprir uma missão que milhares de homens não conseguiram" (Maria, a maior educadora da história - Augusto Cury)

E na sequencia realizamos alguns exercícios práticos, um que Gill nos passou com a pélvis para irrigação de todo assoalho pélvico, lubrificação da vagina, libido... E depois, eu passei o giro tântrico para ativação, harmonização e energização da Kundalini

Após a prática Valquíria encerra: "Devemos começar um movimento de valorização feminina, pois lá fora a referência está perdida. E a mulher não toma essa consciência. Temos que nos unir, nos valorizar!"

Sobre o altar:

As flores tem nome de Flor Viva, Sempre Viva, ela nunca morre, foram trazidas pela Gill do Vale do Matutu (MG) que significa Lugar sagrado, e as pedras, quartzos rosas, de São Tomé da Letras.
Sobre as flores, Élen observa: " Essa flor, Sempre Viva, é bela de frente e de costas, como a beleza da mulher"

Escrito por Luciana Vaiano
Data do Círculo: 18/05/2014

sexta-feira, 28 de março de 2014

Círculo Fluorita - por Telma Vieira

16 de Março de 2014 – final do verão

Nos reunimos mais uma vez num círculo mágico, formado por mulheres apaixonadas por dança, música e amizades verdadeiras.
Estão presentes neste círculo: Amanda, Gill, Saphyra, Verinha, Edi, Telma e a estreante no círculo: Jane.

Amanda inicia apresentando o altar e seus símbolos:
  •    O bastão: foi acrescentado um adereço simples (para que, ao longo dos próximos encontros, outras companheiras possam agregar os seus toques pessoais) e lilás, símbolo da espiritualidade, da união (masculino/feminino – azul/rosa), representando as dualidades da vida: união/separação;
  •  A pedra: fluorita: compõe-se de várias cores. Tem um pouco de todas as outras pedras curativas.
  •     Altar: feito de itens encontrados no carnaval. Suas cores: o rosa do babado: o romantismo, o feminino; o azul: objetividade, infinito, o masculino; o chapéu preto e prata: preto=ausência de cor, luto, tristeza, o prata= novas idéias; o branco (base do altar): a união de todas as cores, a paz; o dourado: riqueza, abundância, poder... o carnaval! A máscara prateada: a cara limpa: o todo – nossa essência...

Amanda lembra que o carnaval hoje foge as suas origens gregas, coloca-se uma máscara e passa-se a ser quem você é (ou gostaria de ser). No dia a dia, todos usamos máscaras: a mãe, a filha, a profissional, o ego... o que queremos mostrar e não somos.

E na dança? Quem somos? O que representamos? Nossa dança tira nossas máscaras ou nos dá outras máscaras?
Saphyra nos questiona: “O que é estar livre? Você se sente uma pessoa livre?”
Para Vera a liberdade é algo interior, é a liberdade do nosso espírito. Liberdade é subjetiva. Podemos ser prisioneiro de nossos sentimentos, de nossas lembranças.
Edi: "não é o estado civil que define se somos ou não livres",  por vezes, a possibilidade de escolha entre muitos parceiros pode representar uma prisão, ao contrário do que muitos pensam.
Telma lembra ainda do quanto nos temos aprisionado as tecnologias, facebook e afins e deixamos de viver o dia a dia, o real. Será que conseguimos nos policiar para o bom uso do fácil acesso a internet???

“Podemos fazer tudo o que temos vontade?” questiona Saphyra. E as regras para o bom convívio social, as leis? E de quantas outras coisas não somos escravos??? E as expectativas que as pessoas têm de nós?
Saphyra: “Quando visto uma máscara, 'posso ser o que quero'; mas não será esta uma outra prisão?”
“E estes personagens, não podem nos trazer algo de bom? Talvez resgatar algo de nossa essência?” questiona Telma.
“Mas será que tudo o que há em nossa essência é bom? Até onde estes personagens são úteis? Qual o limite para interpretar?” indaga Amanda.
Edi: "não podemos usar as máscaras o tempo todo. Em algum momento, temos que ser nós mesmos."
Saphyra lembra que o bambu (o nosso bastão), fala de flexibilidade, de ser o que somos, mas da importância de aprender com as lições da vida e nos construir a partir delas.
“Será que todos sabemos o que queremos ser?” pergunta Vera. Conhecer-se e saber o que de fato queremos ser, nosso propósito de vida não é algo tão fácil assim.
“Tudo posso, mas nem tudo me é lícito”. Amanda cita esta frase pensando que, no contexto em que estamos inseridos (sociedade, religião, política) temos tendência de querer agradar aos outros, nos condicionando a ser algo para o externo. Tendemos a mostrar o que o outro quer ver e, independente do que façamos, seremos criticados de qualquer forma.

E na dança? “O que é uma dança livre?” indaga Saphyra.
Vera: "Entrega."
Saphyra cita um texto “livre: algo espontâneo, natural, sem nada preparado, algo a ser expressado. É o deleite do momento.” Mas lembra que, quando dançamos um estilo, nos limitamos até pra não descaracterizar a dança. A estética da dança são os limites. “Quando a dança se torna igual, onde está a liberdade se liberdade é o momento?"

Encerramos mais um encontro com um exercício livre, de momento... ao som de uma versão instrumental de “all we need is love”, música que bem retrata tudo o que discutimos: liberdade, criação e nossas carências escondidas atrás das máscaras... afinal, quantos de nós realmente não precisamos apenas de amor...



Texto escrito por Telma Vieira
Data do Círculo:  16/03/2014

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Círculo Pedra do Sol - por Amanditas



Círculo Precioso Pedra do Sol - 19/01/14


Primeiro Círculo de 2014, foi composto por: Amanditas, Daniela Coimbra, Edi Moura, Élen Souza, Elisabete Zancanella, Lunnah D’ouro, Marcia Alvares, Maria de Jesus, Saphyra Cris. O altar teve a inspiração da Elisabete, que com sua intuição nos trouxe a diversidade de belíssimas flores de 3 lugares diferentes, devidamente ornamentadas num vaso de cristal em cima de um pano azul com folhas de louro e um prato com grãos.
O bastão precioso é 3 bambus amarrados com uma fita azul.





A diversidade das flores teve o propósito de nos 

mostrar a peculiar beleza de cada uma.
O prato com os grãos, simbolizando a prosperidade, trazia arroz com a sua propriedade de limpeza, junto com o girassol que trazia a alegria e a canjica com a finalidade calmante. As folhas de louro representavam a vitória, como nas épocas antigas em que os combatentes vitoriosos ganhavam uma coroa de louros. No encerramento do círculo cada uma colocou uma das folhas na carteira para atrair a vitória financeira.
O azul é a cor regente de 2014, presente no pano do altar e na fita do bastão precioso. E por falar em bastão precioso, esse ano representado pelo bambu, ele veio com o propósito em cima da historinha: As verdades do bambu

Acerca da pedra do Sol, Lunnah nos ensina que ela não é natural. É originária do Jaspe sanguíneo sendo uma pedra masculina e que rege a razão. Traz a força necessária do caminhar pela terra e trabalha traumas. O dourado traz a limpeza, o andar para a frente. Propicia crescimento interno, iluminação. Como as palavra do círculo eram o desapego, a mudança e a flexibilidade, fomos ainda embaladas pela poesia do Oswaldo Montenegro na musica: A lista




E então cada uma se pôs a enriquecer o circulo com suas impressões. Amanda nos contou da dificuldade da flexibilidade, que encontra inclusive na hora da dança, que com o tempo aprendeu que a vida é mudança. A vida é uma dança, um ir e vir. Nada é eterno, apenas o eterno. E falando em dança, Edi nos ensina uma dança sobre presente, passado e futuro. A necessidade de perdoar e que a flexibilidade está nos joelhos, quando nos curvamos (como o bambu).
Falamos de quanto a dança pode ajudar a extravasar os sentimentos, mas também nos foi chamada a atenção para o excesso de flexibilidade, que as vezes pode fazer com que a gente não se posicione.
Saphyra lembra que a dança é uma das expressões que mais traz flexibilidade, ela traz o novo, a expressão de si mesmo. Ouvimos relatos da importância da permissão a si mesmo em fazer o que se gosta e o que é necessário para a alma para se sentir completa.

Saphyra nos fala sobre Abhinaya, aquilo que conduz um significado à audiência. Nos relembra que a dança é um caminho, uma forma de se brilhar para fora, de se entregar, de conduzir o telespectador a um sentimento através da dança que é um conjunto de gestos, expressões, ritmo, figurino, etc.


Em uma indução de um momento especial de dança conseguimos, cada uma, voltar a um momento único que resultou em alguns relatos, como este da Maria que diz que dançar é entrar em contato consigo, conexão espiritual, que o corpo é o templo do espírito e se sente grata pela dança. Elisabete nos conta, sorrindo, do seu primeiro solo, que marcou sua vida e que durante a indução pode ate sentir os cheiros daquele momento. Saphyra lembra a palavra do ultimo encontro: a entrega. Que quando dançamos comunicamos nós mesmas naquela hora. A técnica tem que estar no corpo, mas dançar é deixar-se invadir pelo sentimento. Dançar é o conjunto do pensamento com o sentimento e com o corpo. A harmonia desses três elementos é que faz a dança. Lunnah toca num ponto importante: o respeito consigo mesmo. Nos lembra que cada uma é única, com seu jeito, técnica, conhecimento e que cada um deve ser original na hora da dança. No Brasil, se tudo acaba em pizza, no nosso grupo acabamos em dança. E a pedra do sol deu a deixa da musica O Sol do Jota Quest. E encerramos o encontro mandando um recado para a vida: “E se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha Sol! É pra lá que eu vou!!!”


Círculo Precioso Pedra do Sol
Data: 19/01/2014
Escrito por Amanditas
Resumido por Saphyra

O bastão agora é outro: "As verdades do bambu"

O nosso bastão da fala agora é outro, inspirado no provérbio japonês "As verdades do bambu"



 “Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou: Vovô corre aqui! Me explica como essa figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para balançar seu tronco se quebrou, caiu com o vento e com a chuva... e este bambu é tão fraco e continua de pé? Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.

 A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.
 Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.
 Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.
 A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.
 A quinta verdade é que o bambu é cheio de nós ( e não de “eus” ). Como ele é oco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.
 A sexta verdade é que o bambu é oco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser oco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.
 Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é exatamente o título do livro: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto.” 

Provérbio trazido por Elizabete Zancanella no Círculo Precioso Pedra do Sol em 19/01/2014 quando trocamos o bastão da fala de canela pelo bambu.