quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Círculo Precioso Ágata por Natália Parzanese



“ Saphyrets” – Homenagem ao nosso grupo ,que ainda não existe!
Nesse encontro contamos com a presença de: Natália, Saphyra, Agatha, Bete, Élen, Lunnah, Rita, Marlêne, Carmem e Sandra.

Quem se responsabilizou,pelo lindo altar repleto de grandes significados foi nossa querida Marlêne. Uma renda vermelha ( usada em suas bodas de prata), envolvia um pandeiro, que segundo suas palavras representava a ALEGRIA em viver, que todos nós, devemos exteriorizar, mesmo nos momentos mais difíceis de nossas vidas, para que esse brilho possa atrair e contagiar felicidade. Flores brancas,complementavam com a representação de cada membro de sua família,incluindo ela própria.
Fomos apresentadas,a mais recente,mulher que compôs esse circulo : Carmem.Que nos encheu de alegria com sua presença,e também por fazer parte desse “Grupo”.
Carmem: a mais nova "Saphyret"

Nosso círculo iniciou com uma ideia da Ágatha, que nos falou sobre o elemento “fogo”, que representa a transmutação em nossas vidas. O que fez sentido para muitas mulheres nesse círculo que estão vivendo essa fase de transição, e que encontraram através da dança, uma forma de auto-conhecimento, libertação, e superação de limites (sejam físicos, ou psicológicos).
Assim falamos a respeito da nossa última apresentação (9° ENCONTRO PRECIOSO DE DANÇA), que fizemos no salão do clube Portuguesa de Desportos, no Pari. O sentimento que pairou sobre o ar, naquela apresentação, foi unanime. Todas sentiram uma energia indescritível, e imensurável. Estávamos tomadas pelo amor, a arte. Pela cumplicidade uma a outra, e pudemos assim entender o porquê da palavra PRECIOSA citada no nosso encontro. Comentamos também sobre o “calor” do publico que parecia fazer parte, também, desse grupo que apresentava suas danças. Posso afirmar, que SUPERANDO nossos limites, nos sentimos naqueles momentos, naquelas horas seres-humanos COMPLETOS. Todas fomos tomadas por uma energia tão positiva, que esteve presente durante toda a semana.
Algumas lágrimas correram,algumas apreensões. Mas o foco era sempre o de SUPERAÇÃO.

Paramos para um lancinho, que foi do agrado de todas ... Como já havíamos combinado no encontros anteriores, todas trouxemos algo feito, pelas nossas próprias mãos. E devo confessar,que além de grandes mulheres dedicadas a dança, temos nesse grupo grandes cozinheiras!!!
Durante nosso lanche, a Agatha trouxe, uma nova proposta com a pergunta : - Qual o momento,que você se sentiu realmente dançando ... Uma pergunta um tanto filosófica e que nos dá espaço para pensarmos realmente. E então, tivemos respostas, misturadas a grandes emoções que envolvia novamente superação de limites, mas principalmente de preconceito quanto aos artistas ... E é através, dessa pergunta, que deixo aqui, minha breve reflexão. Lembrando que esse momento de “ SENTIR A DANÇA” em mim, ainda não foi de meu mérito, mas imagino, como possa ser ...

(...) eu percorria, feito criança, que canta, que dança que encanta dentro de minhas próprias veias, a pulsar meu próprio coração, como notas doces, leves e enfáticas. Descalço essas sandálias, vastas cansadas, e piso com pés planos nesse gramado molhado, de terra perfumada. Elevo as mãos aos céu em conexão ao divino, e com um sorriso largo, e olhos que brilham agradeço a Deus por estar aqui. Meu sonho na janela,voando... livre a minha imaginação. Como se meu corpo não fosse mais escravo a movimentos que antes não superava, agora eu era livre, meu corpo levitava, minha mente viajava ... Pude olhar a chuva,sentir o gosto ... Eu dançava a dança, a dança me dançava ... E naquele gramado, de um verde de que de tão verde, verde não era. As flores me assistiam radiantes de felicidade, trovões ecoavam palmas estridentes, ininterrupta. Holofotes solares me faziam brilhar, ser estrela de mim mesma ... eu me senti dançando ... eu me senti : EU !

Escrito por Natália Parzanese
Data do Círculo: 05/08/2012
Escrito em: 07/08/2012