terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Círculo Pedra do Sol - por Amanditas



Círculo Precioso Pedra do Sol - 19/01/14


Primeiro Círculo de 2014, foi composto por: Amanditas, Daniela Coimbra, Edi Moura, Élen Souza, Elisabete Zancanella, Lunnah D’ouro, Marcia Alvares, Maria de Jesus, Saphyra Cris. O altar teve a inspiração da Elisabete, que com sua intuição nos trouxe a diversidade de belíssimas flores de 3 lugares diferentes, devidamente ornamentadas num vaso de cristal em cima de um pano azul com folhas de louro e um prato com grãos.
O bastão precioso é 3 bambus amarrados com uma fita azul.





A diversidade das flores teve o propósito de nos 

mostrar a peculiar beleza de cada uma.
O prato com os grãos, simbolizando a prosperidade, trazia arroz com a sua propriedade de limpeza, junto com o girassol que trazia a alegria e a canjica com a finalidade calmante. As folhas de louro representavam a vitória, como nas épocas antigas em que os combatentes vitoriosos ganhavam uma coroa de louros. No encerramento do círculo cada uma colocou uma das folhas na carteira para atrair a vitória financeira.
O azul é a cor regente de 2014, presente no pano do altar e na fita do bastão precioso. E por falar em bastão precioso, esse ano representado pelo bambu, ele veio com o propósito em cima da historinha: As verdades do bambu

Acerca da pedra do Sol, Lunnah nos ensina que ela não é natural. É originária do Jaspe sanguíneo sendo uma pedra masculina e que rege a razão. Traz a força necessária do caminhar pela terra e trabalha traumas. O dourado traz a limpeza, o andar para a frente. Propicia crescimento interno, iluminação. Como as palavra do círculo eram o desapego, a mudança e a flexibilidade, fomos ainda embaladas pela poesia do Oswaldo Montenegro na musica: A lista




E então cada uma se pôs a enriquecer o circulo com suas impressões. Amanda nos contou da dificuldade da flexibilidade, que encontra inclusive na hora da dança, que com o tempo aprendeu que a vida é mudança. A vida é uma dança, um ir e vir. Nada é eterno, apenas o eterno. E falando em dança, Edi nos ensina uma dança sobre presente, passado e futuro. A necessidade de perdoar e que a flexibilidade está nos joelhos, quando nos curvamos (como o bambu).
Falamos de quanto a dança pode ajudar a extravasar os sentimentos, mas também nos foi chamada a atenção para o excesso de flexibilidade, que as vezes pode fazer com que a gente não se posicione.
Saphyra lembra que a dança é uma das expressões que mais traz flexibilidade, ela traz o novo, a expressão de si mesmo. Ouvimos relatos da importância da permissão a si mesmo em fazer o que se gosta e o que é necessário para a alma para se sentir completa.

Saphyra nos fala sobre Abhinaya, aquilo que conduz um significado à audiência. Nos relembra que a dança é um caminho, uma forma de se brilhar para fora, de se entregar, de conduzir o telespectador a um sentimento através da dança que é um conjunto de gestos, expressões, ritmo, figurino, etc.


Em uma indução de um momento especial de dança conseguimos, cada uma, voltar a um momento único que resultou em alguns relatos, como este da Maria que diz que dançar é entrar em contato consigo, conexão espiritual, que o corpo é o templo do espírito e se sente grata pela dança. Elisabete nos conta, sorrindo, do seu primeiro solo, que marcou sua vida e que durante a indução pode ate sentir os cheiros daquele momento. Saphyra lembra a palavra do ultimo encontro: a entrega. Que quando dançamos comunicamos nós mesmas naquela hora. A técnica tem que estar no corpo, mas dançar é deixar-se invadir pelo sentimento. Dançar é o conjunto do pensamento com o sentimento e com o corpo. A harmonia desses três elementos é que faz a dança. Lunnah toca num ponto importante: o respeito consigo mesmo. Nos lembra que cada uma é única, com seu jeito, técnica, conhecimento e que cada um deve ser original na hora da dança. No Brasil, se tudo acaba em pizza, no nosso grupo acabamos em dança. E a pedra do sol deu a deixa da musica O Sol do Jota Quest. E encerramos o encontro mandando um recado para a vida: “E se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha Sol! É pra lá que eu vou!!!”


Círculo Precioso Pedra do Sol
Data: 19/01/2014
Escrito por Amanditas
Resumido por Saphyra

O bastão agora é outro: "As verdades do bambu"

O nosso bastão da fala agora é outro, inspirado no provérbio japonês "As verdades do bambu"



 “Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou: Vovô corre aqui! Me explica como essa figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para balançar seu tronco se quebrou, caiu com o vento e com a chuva... e este bambu é tão fraco e continua de pé? Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.

 A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.
 Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.
 Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.
 A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.
 A quinta verdade é que o bambu é cheio de nós ( e não de “eus” ). Como ele é oco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.
 A sexta verdade é que o bambu é oco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser oco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.
 Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é exatamente o título do livro: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto.” 

Provérbio trazido por Elizabete Zancanella no Círculo Precioso Pedra do Sol em 19/01/2014 quando trocamos o bastão da fala de canela pelo bambu.